Tiken Jah Fakoly foi conhecido no início dos anos 1990, com sua primeira banda Les Djélys, em Odienné, sua cidade nativa, no norte-oeste da Costa do Marfim. Já nesta época sua voz profunda e penetrante foi assinalada. Depois o lançamento de dois EPs Les Djelys (1993) e Missiri (1994), ele lançou seu primeiro projeto solo Mangercratie (1999), gravado em Abidjã. O disco teve um impacto importante na cena reggae africana e lançou definitivamente a carreira do cantor. Nesse álbum, ele já formulava uma critica forte contra a elite local, corrupta e decadente, negadora da democracia.
Em 2000, ele gravou Cours d’histoire. Em seguida ele se moveu para Paris e lançou seu quarto projeto solo Françafrique (2002). Neste álbum, o artista denunciou a permanência do sistema colonial, implementado pela França na África.
O mesmo ano, a Costa de Marfim sofreu de uma guerra civil. Ameaçado de morte, o cantor teve que fugir para Bamako, no Mali. Mesmo refugiado, ele se sentiu em casa na capital malinêsa, e produziu o seu quarto álbum, L’Africain (2007), seguido do maravilhoso African Revolution (2010). Nesses dois discos ele aprofundou a temática do pan-africanismo e da necessidade de criar novas alianças internacionais. Esse álbum confirmou a dimensão internacional de Tiken Jah Fakoly e a maturidade do seu estilo artístico: um grito revolucionário vestido em melodias reggae tintadas de música africana.
Braquage de pouvoir, o decimo primeiro disco do marfinense, siga na mesma direção artística com varias colaborações como Winston McAnuff, Amadou & Mariam, Dub Inc ou Grand Corps Malade. O álbum está disponível desde o dia 4 de novembro 2022, no label Chapter Two / Wagram.
Ouça a música do Tiken Jah Fakoly na nossa playlist “Oui Love Reggae“.
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